terça-feira, 8 de novembro de 2011

O Lobo Ferreiro – Parte 1

Do martelo à bigorna, do fole ao fogo, a força mágica que o Ferreiro carrega com seu ofício na forja vem permitir mais que uma simples aparência criadora.


Como é notório, dos ofícios ligados à transformação dos metais, o de ferreiro é o mais significativo quanto à importância e a ambivalência dos conteúdos que implica, e é aqui o ponto "x", da alquimia da bruxa. 

O martelo, o fole, a bigorna, revelam-se como seres animados e arrebatadores. Supõe-se que podem operar por sua própria força mágico-religiosa, até mesmo sem ajuda do ferreiro e este por sua vez deve dominar essa arte.


A forja comporta um feitio cosmogônico, criador e infernal, nada menos que um aspecto iniciático, que por fim revela-se na edificação do ser. Eis a ocupação primeva da bruxa tradicional. 

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